Distância: 16,5Km; grau de dificuldade: médio/alto; percurso
linear (ida e regresso).
Drave é uma aldeia típica em que as casas são feitas de
pedra, denominada pedra Lousinha, sendo a sua cobertura de xisto.
Os arruamentos são irregulares e a aldeia situa-se no fundo da
montanha.
O lugar de Drave, fica situado a 1000 metros de
altitude, praticamente isolado dos lugares vizinhos, com fracos acessos.
Situa-se no meio de um
triângulo montanhoso entre a Serra da Arada, a Serra de São Macário e a Serra
da Freita.
A principal festa é a Senhora da Saúde, a 15 de Agosto, único dia
em que a Capela dedicada à Nossa Senhora da Saúde de abre.
Fomos por São Pedro do Sul, passámos a serra
da Arada. Subir esta serra é qualquer coisa!
Chegados a Covelo de Paivó onde
a caminhada começou.
O percurso seria linear:
Covelo de Paivó | Regoufe | Drave | Regoufe | Covelo
de Paivó
Este percurso junta dois trilhos o PR13 e o PR14, o
trilho "Na Senda do Paivó" e o da "Aldeia
Mágica".
Subidas e descidas acentuadas, muita pedra e falta de
sombras.
Regoufe aparece ao fim de 4 km de caminhada. Uma aldeia
de casas de pedra e telhados de xisto em que somos recebidos por galinhas,
perus e cabras que andam livremente à solta. Esta aldeia é bem conhecida,
porque aqui se explorou volfrâmio durante a 2ª Grande Guerra, pela
companhia Inglesa.
A origem de povoados nesta região é anterior à
fundação da nacionalidade e mesmo ao domínio Romano, pois em 1946 foi
encontrado em Regoufe uma pulseira de ouro com o peso de 171 gramas , do período
Romano que se encontra no Museu de Arte Sacra em Arouca.
Pelos caminhos da aldeia chegamos a uma bifurcação em
que seguimos pela direita, mais à frente surge uma placa a sinalizar Drave,
para a esquerda, vamos ter a uma ponte que dá para uma encosta de pedras
soltas que nos vai pôr à prova.
Depois desta etapa prosseguirmos por mais 4 km de caminhos de pedras
irregulares na encosta da serra, em que contemplamos uma belísima paisagem com
vales magnificamente desenhados e a ribeira de regoufe bem lá no
fundo a perder-se de vista. Começamos finalmente a avistar a aldeia de Drave que se confunde com a paisagem.
Ao chegarmos a um pequeno largo com uma cruz percebemos que
estamos a chegar a um lugar mágico.
As casas são em lousinha e os telhados de xisto,
apenas uma capela de paredes brancas contrasta com as restantes, a capela
dedicada à Nossa Senhora da Saúde.
Da aldeia destaca-se uma pequena ponte romana em arco
sob uma cascata de água cristalina de azul turquesa.
Visitamos a aldeia através dos seus caminhos
irregulares e cruzamo-nos com jovens escuteiros de Mafamude, Gaia. Percebemos
que estão a fazer um excelente trabalho de conservação e preservação da
aldeia,
Almoçamos à sombra de algumas árvore à beira da água.
Depois de uma caminhada pela aldeia, e da fotografia
de grupo da praxe chegou a hora de regressar.
O regresso é um bocadinho mais difícil, a meu ver.
Sem
dúvida que foi uma experiência que ficará para sempre na memória e que
aconselho a quem tiver alguma preparação física a fazer, vale cada passo.
(Fotografias: Mónica costa e Bruno Varela)
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